Na Campus Party, Brasil desafia supremacia coreana em 'Starcraft'
Evento em SP contará como etapa de torneio mundial do game.
Classificados decidirão título em março, na Alemanha.
A habilidade de “Starcraft II”, jogo de estratégia da Blizzard, não é medida pela inteligência ou pela vontade de jogar do ciberatleta. Para ter uma chance de vencer uma partida do jogo, uma espécie de xadrez eletrônico, é preciso ter uma alta taxa de “Ações por Minuto” ou APM, como diz quem compete no título.
Neste “esporte”, o domínio é sul-coreano, país onde o jogo é levado tão a sério que as competições passam em horário nobre na TV, e seus atletas virtuais conseguem realizar 400 APM. “Eu consigo fazer 200 APM”, conta Vitor Ferreira, de 27 anos e que mora em Belo Horizonte, um dos brasileiros que tem a difícil tarefa de vencer os orientais na última etapa classificatória do Intel Extreme Masters, que acontece até sábado (11), na Campus Party, em São Paulo.
A competição ocorre em vários países do mundo ao longo do ano e, com base em uma pontuação, seleciona os melhores ciberatletas para uma final, que será realizada em março na Alemanha. “Como no Brasil é a última classificatória, jogadores de todo o mundo estão aqui para tentar vencer e conseguir uma vaga”, diz Aderson Jamier, 27 anos, de Natal.
O vencedor da etapa leva um prêmio de US$ 6,5 mil. Na final mundial, a premiação chega a US$ 21 mil. Os favoritos ao título no Brasil são os sul-coreanos Kim Young Jin, que joga com o apelido de SuperNoVa, e Kim Dong Hwan, que é conhecido como viOLet.
Ferreira e Jamier, ao lado de Renan Guilhem da Silva, de 19 anos, são os três representantes do Brasil na competição. “Eu estudo e estava de férias, aí pude treinar bastante, até cinco horas por dia”, afirma Guilhem, que mora em Jundiaí (SP) e estuda análise de sistemas. “Para treinar, o melhor é jogar contra outros jogadores pela internet”.
Já Jamier diz que, próximo de competições como esta da Campus Party, os treinos chegam a durar até 7 horas. “Eu tenho jogos de estratégia no meu sangue, jogo desde o primeiro ‘Starcraft’, da década de 90”.
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Luta contra os coreanos
Os três brasileiros –Ferreira foi chamado na terça-feira (7) para competir após a desistência de um atleta peruano– acreditam que podem ir longe na batalha. “Minha expectativa é chegar até a semifinal e ficar entre os quatro melhores”, afirma Jamier.
Ferreira, que soube que competiria um dia antes, afirma que desde então está “comendo o computador”. “Comecei a treinar às pressas e torcer para ter um bom resultado. Chego mais relaxado. Se eu perder, não foi culpa minha, foi por falta de treino”. Ele diz estar animado e não tem expectativa de ir muito longe. “Quero tirar proveito de jogar com meus ídolos, que vejo apenas na televisão, e aprender com eles”, conta, explicando que o importante é aprender com o jogo dos sul-coreanos.
“Quando vi os sul-coreanos chegando aqui no evento, o coração começou a bater mais forte de nervosismo”, afirma Guilhem. “Eles são muito fortes, mas vou tentar fazer o meu jogo para tentar surpreender”. Com muita modéstia, ele diz que seria um bom resultado pessoal passar da fase de grupos.
Os três concordam que pelo fato de os jogadores sul-coreanos serem os favoritos, mais importante que vencê-los é pode aprender com eles. Desse modo, os ciberatletsas brasileiros irão analisar as táticas, estilo de jogo, velocidade dos APMs e como eles utilizam as diferentes raças de “StarCraft II”.
Evento em SP contará como etapa de torneio mundial do game.
Classificados decidirão título em março, na Alemanha.
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]Aderson Jamier, Vitor Ferreira e Renan Guilhem (da esquerda para a direita) são os representantes do Brasil em torneio de games internacional realizado na Campus Party
A habilidade de “Starcraft II”, jogo de estratégia da Blizzard, não é medida pela inteligência ou pela vontade de jogar do ciberatleta. Para ter uma chance de vencer uma partida do jogo, uma espécie de xadrez eletrônico, é preciso ter uma alta taxa de “Ações por Minuto” ou APM, como diz quem compete no título.
Neste “esporte”, o domínio é sul-coreano, país onde o jogo é levado tão a sério que as competições passam em horário nobre na TV, e seus atletas virtuais conseguem realizar 400 APM. “Eu consigo fazer 200 APM”, conta Vitor Ferreira, de 27 anos e que mora em Belo Horizonte, um dos brasileiros que tem a difícil tarefa de vencer os orientais na última etapa classificatória do Intel Extreme Masters, que acontece até sábado (11), na Campus Party, em São Paulo.
A competição ocorre em vários países do mundo ao longo do ano e, com base em uma pontuação, seleciona os melhores ciberatletas para uma final, que será realizada em março na Alemanha. “Como no Brasil é a última classificatória, jogadores de todo o mundo estão aqui para tentar vencer e conseguir uma vaga”, diz Aderson Jamier, 27 anos, de Natal.
O vencedor da etapa leva um prêmio de US$ 6,5 mil. Na final mundial, a premiação chega a US$ 21 mil. Os favoritos ao título no Brasil são os sul-coreanos Kim Young Jin, que joga com o apelido de SuperNoVa, e Kim Dong Hwan, que é conhecido como viOLet.
Ferreira e Jamier, ao lado de Renan Guilhem da Silva, de 19 anos, são os três representantes do Brasil na competição. “Eu estudo e estava de férias, aí pude treinar bastante, até cinco horas por dia”, afirma Guilhem, que mora em Jundiaí (SP) e estuda análise de sistemas. “Para treinar, o melhor é jogar contra outros jogadores pela internet”.
Já Jamier diz que, próximo de competições como esta da Campus Party, os treinos chegam a durar até 7 horas. “Eu tenho jogos de estratégia no meu sangue, jogo desde o primeiro ‘Starcraft’, da década de 90”.
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Luta contra os coreanos
Os três brasileiros –Ferreira foi chamado na terça-feira (7) para competir após a desistência de um atleta peruano– acreditam que podem ir longe na batalha. “Minha expectativa é chegar até a semifinal e ficar entre os quatro melhores”, afirma Jamier.
Ferreira, que soube que competiria um dia antes, afirma que desde então está “comendo o computador”. “Comecei a treinar às pressas e torcer para ter um bom resultado. Chego mais relaxado. Se eu perder, não foi culpa minha, foi por falta de treino”. Ele diz estar animado e não tem expectativa de ir muito longe. “Quero tirar proveito de jogar com meus ídolos, que vejo apenas na televisão, e aprender com eles”, conta, explicando que o importante é aprender com o jogo dos sul-coreanos.
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]viOLet e SuperNoVa (da esqueda à direita) são os sul-coreanos favoritos ao título
“Quando vi os sul-coreanos chegando aqui no evento, o coração começou a bater mais forte de nervosismo”, afirma Guilhem. “Eles são muito fortes, mas vou tentar fazer o meu jogo para tentar surpreender”. Com muita modéstia, ele diz que seria um bom resultado pessoal passar da fase de grupos.
Os três concordam que pelo fato de os jogadores sul-coreanos serem os favoritos, mais importante que vencê-los é pode aprender com eles. Desse modo, os ciberatletsas brasileiros irão analisar as táticas, estilo de jogo, velocidade dos APMs e como eles utilizam as diferentes raças de “StarCraft II”.